sábado, 14 de novembro de 2009




Calou.

Não digas nada, absolutamente nada.
Não te rias e não chores,
Permanece imóvel.
Ouve.
As palavras amargas e doces,
O riso estridente e o seu eco,
Vê-me mexer.
Sente.
Tudo o que conseguires.
Apanha os reflexos invisíveis da música.
E dança.
Mas não te esqueças de permanecer imóvel,
Sem rir e sem chorar. Sem falar.
Aproxima-te.
Mas não saias do lugar.
E apanha-me o cabelo.
Mas não me toques...
Deixa-te ficar à espera que eu me aproxime e fale.
Porque aí eu vou-te querer ver a mexer,
Que me apanhes o cabelo,
E que dances e sorrias comigo.

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