sábado, 14 de novembro de 2009




Calou.

Não digas nada, absolutamente nada.
Não te rias e não chores,
Permanece imóvel.
Ouve.
As palavras amargas e doces,
O riso estridente e o seu eco,
Vê-me mexer.
Sente.
Tudo o que conseguires.
Apanha os reflexos invisíveis da música.
E dança.
Mas não te esqueças de permanecer imóvel,
Sem rir e sem chorar. Sem falar.
Aproxima-te.
Mas não saias do lugar.
E apanha-me o cabelo.
Mas não me toques...
Deixa-te ficar à espera que eu me aproxime e fale.
Porque aí eu vou-te querer ver a mexer,
Que me apanhes o cabelo,
E que dances e sorrias comigo.

domingo, 1 de novembro de 2009

Fim de linha.


Fechou a porta do prédio e seguiu em direcção ao carro. Já no seu interior tentou perceber qual era o seu destino.

Depois de 5 minutos numa conversa animada consigo própria, arrancou e direccionou-se a casa dele. O máximo que lhe poderia acontecer era a porta estar fechada e não haver qualquer janela por onde entrar, mas visto que nada tinha, nada podia perder.

O agradável ruído dos pneus na água iam-na fazendo sorrir, com pequenas lembranças dos dias loucos em que ela chegava a casa, vestia um fato-de-treino e corria, quer estivesse sol...ou a chover torrencialmente.

Haviam sido, sem qualquer dúvida, os melhores tempos da sua vida e não os trocaria por nada neste mundo.


Chegada a porta de casa dele, hesitou antes de avançar e tocar à campainha.