terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Pára.



Tentei agarrar o vento, mas a força não foi suficiente. Sentei-me à beira-mar, a olhar a bravura com que este se mexia, umas vezes gritando, outras soltando gargalhadas… Estava ali, algo que eu queria mas que não conseguia alcançar. Tão próximo no meio de toda aquela imensidão. Mas eu sorria… um momento atrás do outro. Esboçava meias luas agarrada ao sonho de conseguir saltar, sem medos, para um mundo que me era totalmente desconhecido.
Sempre que te olhava algo se movia. Não no mar, não nas areias que eram levadas pelo vento que se fazia sentir. Algo se mexia em mim…lá bem no fundinho, num sítio onde não tinha ainda conseguido chegar. Era estranho e doía…mas não conseguia parar de sorrir, de querer voltar a senti-lo, vezes e vezes sem conta. E olhava para o teu vulto silencioso, parado ao meu lado sem se mover, a contemplar aquilo que, comparado contigo, me parecia agora tão, mas tão pequenino...
Esboçavas uma linha curva nos lábios de vez em quando, olhando para mim quando pensavas não estar a ver. Eu ria baixinho, num tom imperceptível ao ouvido humano, como que de uma miragem se tratasse. Pegaste-me na mão e entrelaçaste os teus dedos nos meus, olhei para ti e tu sorriste. Um sorriso meigo, terno, quase como aquele que me tinhas dado no dia em que te conheci. E lá estava a dorzinha pontiaguda, estranha, lá no fundo. Ria-se de mim como eu me ria do sonho que parecia estar a viver. Era uma das muitas alturas em que a vontade de pousar os meus lábios nos teus se sobrepunha a qualquer outro pensamento.

Quem diria que aparecias tão tarde e entravas tão cedo?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

"Deixa-me ser eu a julgá-lo."




Sorri. Apeteceu-me parar o tempo e ficar assim, sorrindo para ti e vendo-te sorrir para mim... Apeteceu-me sentir para sempre os teus braços à minha volta e os teus lábios na minha testa.
Gosto de ti, assim.
No teu lado mais puro, mais natural (: